Entre os dias 9 e 10 de dezembro, o Cepagro esteve em Paraty, no Rio de Janeiro, realizando uma assessoria em compostagem na Fazenda Bananal, uma estância turística voltada à conservação, educação e pesquisa ambientais. Cravada entre Parques Nacionais e Áreas de Preservação Ambiental, a Fazenda Bananal 

cuida de sua história e também do meio ambiente. Os casarões do século 17 foram restaurados e cerca de 70% da área total da propriedade, que tem 180 hectares, é mantida como Mata Atlântica. Horta agroecológica, sistemas agroflorestais, melipolinários e educação ambiental são algumas das atividades desenvolvidas na Fazenda. A compostagem fecha o ciclo dos alimentos na Fazenda, mas precisava de alguns ajustes.

Foi aí que entrou o engenheiro agrônomo Júlio Maestri, da equipe técnica do Cepagro. “Nossa participação consistiu em conhecer o modelo que já faziam de compostagem; contribuir na formação da equipe, retomando alguns princípios da técnica e sugerindo aprimoramentos”, afirma Júlio. Qualificando a compostagem, inclusive esteticamente, será possível apresentá-la como um dos eixos de atividades da Fazenda, avalia Júlio.

“Para Fazenda Bananal, assim como todos os empreendimentos  que pertencem ao Grupo Biophilia, o turismo é utilizado como uma ferramenta para inspirar pessoas e fortalecer o elo ser humano e natureza”, afirma Nadja Oliveira, coordenadora de Projetos Sustentáveis do Grupo. A Fazenda conta com um restaurante e recebe resíduos orgânicos também de uma pousada de Paraty, pertencente ao mesmo grupo, totalizando cerca de 3 toneladas ao mês. A compostagem já era feita no modelo de leiras estáticas, com a separação dos resíduos na fonte e utilizando bombonas. Mas alguns ajustes eram necessários. Para isso, Júlio trabalhou durante dois dias com as equipes de manutenção e gerência da Fazenda, sugerindo e realizando aprimoramentos no processo, no intuito de visibilizar a compostagem como componente nas ações agroecológicas disseminadas na Fazenda.

“Nossa infraestrutura é focada na redução de impactos ambientais. Buscamos trabalhar com tecnologias ecoeficientes, como por exemplo:  energia solar, captação de água da chuva, equipamentos com baixo consumo energético, gestão eficiente de resíduos”, afirma Nadja. A compostagem vem somar neste processo. “A transformação que buscamos no meio ambiente e na sociedade só será possível através da mobilização de diversos agentes. Por este motivo acreditamos na conservação integrada, onde através de parcerias, desenvolvemos projetos relacionados à valorização e recuperação do biodiversidade bioma Mata Atlântica, em que estamos inseridos”, completa.