Na última quarta-feira, 9 de maio, Erika Sagae e Eduardo Rocha, da diretoria do Cepagro, participaram da reunião para fechar a proposta que a Cooperativa Sabor da Terra, de Biguaçu, apresentará à Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) para conformar um Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) que irá abastecer os equipamentos da rede sócio assistencial e de segurança alimentar e nutricional de Florianópolis. “Foram acertados detalhes como a quantidade de alimentos que serão ofertados, a tabela de preços que a CONAB pratica na modalidade Compra com Doação Simultânea, entre outros”, explica Eduardo Rocha, diretor-presidente do Cepagro e também presidente do Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (COMSEAS/FPOLIS). A Cooperativa Sabor da Terra reúne 25 famílias de agricultores e agricultoras, sendo 9 agroecológicas.
O PAA é um dos principais programas de fortalecimento de mercados para agricultura familiar e de ampliação de acesso a alimentos saudáveis para a população em situação de Insegurança Alimentar e Nutricional. Em Florianópolis, o último contrato de PAA finalizou em 2011. Para esta proposta, em que o Cepagro e o COMSEAS participaram ativamente na construção, a demanda chegou ao CONSEA (Conselho Estadual de Segurana Alimentar e Nutricional) pela população em situação de rua. A proposta foi aprovada em Plenária Extraordinária do Conselho Municipal de Assistência Social – CMAS, que participará no controle social junto com o COMSEAS. A participação do Cepagro atende também aos objetivos do projeto Misereor em Rede.
Além da discussão sobre a proposta, que também foi apresentado o projeto de pesquisa Políticas Públicas, Mercados Institucionais e Agricultura Urbana e Periurbana, do LABRURAL/UFSC, que conta com apoio da Capes. De acordo com Erika Sagae, doutoranda ligada ao projeto, estão previstas entrevistas e a realização de mapeamentos de agricultorxs urbanos e periurbanos em 5 municipios da Grande Florianópolis. “Com a pesquisa, poderemos levantar dados de produção, área e capacidade de produção de agricultores periurbanos pra entrar em mercados institucionais”, explica Erika.