Realizada no SESC Cacupé no dia 7 de agosto, a Plenária Estadual da Rede Ecovida contou com a participação de representantes dos núcleos Litoral Catarinense, Serramar, Vale do Rio Uruguai, Planalto Serrano, Oeste Catarinense, Sul Catarinense, Planalto Norte, Vale do Rio do Peixe e Alto Vale. Também estiveram presentes as nutricionistas da Universidade Federal Fronteira Sul (UFFS) e do SESC, para conhecer a oferta de produtos da Rede que possam integrar os cardápios dos restaurantes das duas instituições. “Era necessário ter este momento de encontro estadual e aproveitamos para conjugar com o Seminário sobre o Programa de Aquisição de Alimentos”, disse o coordenador geral do Cepagro Charles Lamb.

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A Plenária começou com uma rodada de apresentação, em que cada núcleo pode traçar um panorama da situação local quanto a oferta de produtos, comercialização e andamento do Sistema Participativo de Garantia (SPG). Ficou clara neste momento a diversidade dos núcleos da Rede no estado, reforçando a necessidade de trocar informações sobre seus potenciais e limitações.

A pauta  seguiu com uma discussão sobre o OPAC Ecovida e a possibilidade do Núcleo Planalto Serrano descentralizar o processo da Certificação Participativa, para agilizar a análise da documentação e emissão dos certificados. Também foram debatidas as novas exigências do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento quanto ao envio antecipado das agendas de verificação do SPG, quesito que nem todos os núcleos estão preparados para cumprir, reforçando a necessidade de levantar esta questão em espaços como a Comissão de Produção Orgânica (CPOrg). A representação da Rede Ecovida em comissões e conselhos como a CPOrg, o Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Conselho de Alimentação Escolar (CAE) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf) também foram abordados, bem como a participação na 2ª Conferência Estadual do Condraf, que será realizada nos dias 27 e 28 de agosto em Lages e elegerá delegados para a Conferência Nacional.

Charles Lamb, do Cepagro, e Natal Magnanti, do Centro Vianei de Educação Popular, apresentaram na sequência o texto da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica, que prevê R$ 2 bilhões para o Pronaf e R$ 7 milhões para projetos voltados para mulheres. “A Rede Ecovida precisa inteirar-se do Plano e pensar espaços de intervenção”, disse Natal, e por isso ficou agendada uma oficina para o dia 16 de outubro, em Lages, para que os representantes dos núcleos possam compreender os meandros da PNAPO. Mais um ponto que ainda necessita ser debatido pelos núcleos estaduais da Ecovida é a Chamada de ATER do Ministério do Desenvolvimento Agrário, que será tema de outro encontro em Lages, no dia 3 de setembro. O próximo evento geral da Rede será a Plenária de Núcleos nos dias 24 a 26 de setembro, em Torres, focada no debate sobre o SPG.