Sexta-feira, 3 de maio, foi mais um dia de atividades agroecológicas na Escola de Educação Básica Januária Teixeira da Rocha, no Campeche. Junto com a Agrônoma do Cepagro Karina Smania de Lorenzi e o presidente da Associação de Moradores do Campeche (Amocam) Alencar Deck Vigano, as crianças do terceiro ano construíram uma horta agroecológica. Essa foi a terceira oficina de quatro que serão realizadas na escola em parceria com a Amocam e o Cepagro, através do projeto Misereor em Rede.
Antes de seguir para a prática, Karina explicou em sala de aula a lógica de uma horta agroecológica, como o solo que vai acolher as mudinhas deve ser preparado e o porquê de misturar diferentes tipos de plantas em um mesmo espaço. Como a composteira da escola ainda precisa de tempo para gerar composto, a horta foi iniciada com o composto doado pela obra do novo aeroporto de Florianópolis, através do núcleo de meio ambiente da Racional Engenharia.
Além da oficina com hortaliças, a turma do terceiro ano também fez uma roça de mandioca, prática que foi de encontro ao que estão estudando em sala de aula. A professora Ellen Regina Damasceno Batista contou que está começando a trabalhar sobre a cultura de Santa Catarina e com a prática vai aproveitar para abordar a cultura da mandioca.
É sempre nesse formato que Karina planeja suas atividades na escola: conversa com as professoras e traz para a horta os aprendizados que estão sendo trabalhados em sala de aula. No dia 30 de abril, já havia sido realizada uma primeira oficina de horta pedagógica com a turma do primeiro ano. Na ocasião a professora Maria Inês Evaristo estava trabalhando as estações do ano e pediu para  incluir na oficina plantas que pudessem auxiliar em doenças respiratórios. Assim, a prática envolveu as plantas de outono e vários chás que ajudam nas doenças respiratórias.
No caso do terceiro ano “a professora estava trabalhando com a cultura açoriana então a gente resolveu fazer além da oficina de hortaliças, flores e temperos, uma roça de mandioca para explicar um pouco do contexto de Florianópolis”, conta Karina. Segundo a Agrônoma, “ciências, história, matemática e demais disciplinas podem utilizar a horta como a parte prática dos estudos”.
O diretor da Escola Januária Teixeira da Rocha, Abrão Iuskow, contou que entre uma oficina e outra, as turmas da Januária ainda puderam fazer uma visita à Horta Comunitária do Parque Cultural do Campeche, o Pacuca. Lá elas viram como funciona a compostagem em maior escala e conheceram outras iniciativas de Agroecologia e Educação Ambiental.
A próxima oficina prevista para acontecer deverá abordar, além de alguma disciplina, a alimentação saudável, que é um dos três eixos de trabalho do Cepagro com Hortas Pedagógicas, junto com Compostagem e a Horta Agroecológica.