Na semana em que se comemora o Dia Mundial das Abelhas, alunos e alunas da Escola Januária Teixeira da Rocha, no campeche, constroem canteiro de flores para atrair esses insetos tão fundamentais para o meio ambiente. A atividade aconteceu na sexta-feira, 24 de maio, e foi mais uma oficina do projeto em parceria com a Amocam, através do projeto Misereor em Rede. Durante uma manhã ao ar livre, as crianças aprenderam com a agrônoma do Cepagro, Karina Smania de Lorenzi, a importância das abelhas para a manutenção de várias espécies de plantas e alimentos.
Quem trouxe esse tema foi a professora do quinta ano, Maria Inês Evaristo: “Como a gente está trabalhando essa parte da horta na escola e estamos fazendo vários espaços, porque não fazer um canteiro das flores para as abelhas?”. A professora propôs e Karina abraçou a ideia, principalmente porque o sumiço das abelhas é um tema que tem gerado bastante discussão ultimamente. Quando perguntados em sala de aula sobre o porquê desse fenômeno, alguns já sabiam a resposta: os agrotóxicos.
Segundo levantamento da Agência Pública e Repórter Brasil, somente em Santa Catarina foram encontradas pelo menos 50 milhões de abelhas mortas, de dezembro do ano passado a fevereiro de 2019. Especialistas e pesquisas laboratoriais apontam que o principal causador é o contato com agrotóxicos a base de neonicotinoides e fipronil, utilizados como inseticida.
Sabendo disso, mudinhas de manjericão, cravo de defunto e boca de leão foram plantadas pelas/os alunas/os com o intuito de tornar a escola um ambiente convidativo para as abelhas nativas, como a mandaçaia. Além de preparar um canteiro para as abelhas, que ganhou o formato de borboleta, “a gente pôde trabalhar também a polinização, como funciona, quais plantas precisam das abelhas para dar o nosso alimento, quais as flores que têm mais potencial em atrair abelhas. Então foi interessante, a gente conseguiu encaixar isso tudo no tema de hoje”, conta a agrônoma Karina Smania.