Plenária Caçador 2Nem as chuvas intensas nem as longas distâncias desanimaram os/as representantes dos 11 núcleos da Rede Ecovida de Agroecologia em Santa Catarina, que se reuniram na semana passada (31 de maio) em Caçador, no meio-oeste catarinense, para mais uma Plenária Estadual da Rede. As plenárias são importantes instâncias de decisão e encaminhamento da Rede Ecovida, fundamentais para manter princípios como a confiança, a coletividade e o respeito entre integrantes do movimento agroecológico.
Plenária Caçador 3Um dos principais pontos discutidos durante a Plenária foi o 11º Encontro Ampliado da Rede Ecovida de Agroecologia, que será em Anchieta, no oeste Catarinense, de 15 a 17 de novembro. Construído num cenário de restrição de recursos, o Encontro está previsto para receber 800 pessoas dos três estados que compõem a Rede. Ainda assim, os núcleos Oeste, Vale do Uruguai e Noroeste, responsáveis pela organização, estão determinados a manter princípios importantes do Encontro, como a alimentação majoritariamente agroecológica. Nos próximos meses, a organização receberá inscrições para Oficinas, além de fechar a programação de seminários. Até o momento, há 5 seminários listados: Agroflorestas, Juventudes, Sementes, Criação de aves e Produção de leite.
Também foi aprovada a criação de um novo núcleo, o Vale do Itapocu, um desmembramento do Núcleo Litoral Catarinense. O Vale do Itapocu abrange 10 municípios ao redor de Joinville e conta com 46 famílias certificadas e 2 agroindústrias, distribuídas em 9 grupos. O anúncio do novo núcleo será feito durante o Encontro Ampliado de Anchieta.
Durante a Plenária foram indicadas novas representações de Santa Catarina para a coordenação geral da Rede Ecovida: Iran Fogaça (Núcleo Planalto Serrano), Edilza Frison (Oeste), Aires Niedzielki (Planalto Norte) e uma integrante do Litoral Catarinense a confirmar. Problemas de documentação e questões burocráticas da certificação também foram discutidos. Para além dos pormenores de cada caso, foi consenso entre os/as participantes que a certificação não deve ser o principal foco da Rede. A Rede existe para promover a articulação e confiança entre seus membros, não só para conceder um selo.