Júlio Maestri, do Cepagro, e MC Komay, representando a Revolução dos Baldinhos, recebem o Certificado de Tecnologia Social da Fundação Banco do Brasil

Júlio Maestri, do Cepagro, e MC Komay, representando a Revolução dos Baldinhos, recebem o Certificado de Tecnologia Social da Fundação Banco do Brasil

O modelo de Gestão de Resíduos Orgânicos e Agricultura Urbana da Revolução dos Baldinhos está entre os 30 finalistas da 7ª edição do Prêmio Banco do Brasil de Tecnologia Social, que valoriza iniciativas promotoras da melhoria da qualidade de vida através de soluções de baixo custo e facilmente multiplicáveis. Nesta quinta (24/10), o técnico do Cepagro Júlio Maestri e o representante da comunidade Chico Mendes MC Komay receberam o Certificado de Tecnologia Social da Fundação Banco do Brasil. O projeto está concorrendo agora com outros cinco na categoria “Instituições de Ensino, Pesquisa e Universidade”, todos focados na inclusão socioprodutiva de comunidades. A cerimônia de premiação será no dia 19 de novembro, em Brasília.

A prática central da Revolução dos Baldinhos é a compostagem termofílica, que todos os meses transforma cerca de 12 toneladas de resíduos orgânicos do bairro Monte Cristo em adubo. Reconhecendo o potencial desta solução, em 2012 o SESC convidou a equipe da Revolução para prestar assessoria ao processo de instalação dos pátios de compostagem da instituição. Atualmente, as sobras orgânicas dos restaurantes das unidades de Florianópolis, Lages e Blumenau são compostadas ao invés de enviadas ao aterro. Desta forma, o SESC avança no compartilhamento das responsabilidades sobre a cadeia do lixo prevista para grandes geradores no contexto da Política Nacional de Resíduos Sólidos.

Mais do que uma solução ambiental, a compostagem integra o programa de educação complementar da instituição, em que um dos eixos são os estudos ambientais. Neste sentido, o Cepagro também constitui um parceiro importante. Na Semana Arte e Vida Verde, evento de educação ambiental promovido no SESC Cacupé entre os dias 22 e 25 de outubro, a equipe técnica da ONG montou um stand onde são ministradas oficinas de elaboração de mini-composteiras para crianças e adolescentes. “Os alunos depois levam a mini-composteira para a sala de aula, para acompanhar todo o processo de decomposição dos resíduos orgânicos”, explica Júlio Maestri. “As oficinas são uma estratégia de multiplicação da prática, para que as crianças possam entender o processo e estimular a família a fazer em casa”, completa.

Junto com a técnica Gisa Garcia, as crianças constroem uma mini-composteira em garrafa PET.

Junto com a técnica Gisa Garcia, as crianças constroem uma mini-composteira em garrafa PET.

De acordo com a técnica de educação ambiental do SESC Melissa Henriques, entre 250 a 300 estudantes visitam os seis stands que compõem a mostra da Semana, que neste ano traz como tema a Água. E o que a compostagem tem a ver com a temática? “É uma forma de conservar os recursos naturais. Virando composto, os resíduos voltam para a cadeia produtiva dos alimentos, evitando a contaminação dos lençóis freáticos, que aconteceria se fossem enviados ao aterro”, diz Melissa.

Conhecer os seres que vivem no solo e fazem a maturação do composto também faz parte das atividades.

Conhecer os seres que vivem no solo e realizam a maturação do composto também faz parte das atividades.

Além da Arte e Vida Verde, o Cepagro também está apresentando seus projetos durante a Semana de Ensino, Pesquisa e Extensão (Sepex) da UFSC.